BOAS VINDAS

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quarta-feira, 20 de junho de 2007

A CAPELA DA CASA DE SAMAIÕES

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A porta de entrada da Capela tinha por fora, um gradeamento em ferro pintado de verde, que abria simetricamente ao meio. Por dentro a porta era igualmente verde e em madeira.
Não era uma capela muito grande mas suficiente para que, lá dentro, assistissem entre duas a três dezenas de pessoas à missa.

De um dos lados estava a sacristia e do outro havia uma pequena janela para o exterior da capela, virada para a mata.

Recordo-me bem do dia do baptizado da minha irmã São, nos primeiros meses de 1965, uma festa muito bonita que eu, nos meus ainda 10 anos de idade, não esqueci desde então.
No seu interior, se bem me lembro, havia 4 ou 5 bancos corridos com "joelheiras" e apoios de braços para a oração.

Ao fundo de uma das pareces onde se situavam os bancos corridos, existia uma pia de água benta onde, salvo erro, essa minha irmã foi baptizada.

Creio igualmente que uma das normas da Casa era a de ser o meu avô Francisco a ajudar à missa quando ela era lá realizada. Lembro-me bem de o ver nessa função de sacristão.

Tal como me lembro de o ver muitas vezes ir à capela orar durante o dia ou antes de se deitar, em regra, ajoelhado na "joelheira" com apoio para braços forrado a vermelho que se encontrava à porta de entrada da capela do lado da sacristia.


Era aí que funcionava igualmente o confessionário, conforme imagem

Por toda a parede da Capela, era possível vermos, as estações ou etapas da “Via Sacra”, cada uma das quais apresentava uma cena da Paixão a ser meditada pelo discípulo de Cristo, e percorrer mentalmente com Cristo o caminho que levou o Senhor do Pretório de Pilatos até o monte Calvário.

Esses quadros simbolizavam pois, a Via Sacra percorrida por Jesus a carregar a Cruz desde o Pretório de Pilatos até o monte Calvário, meditando simultaneamente a Paixão do Cristo.

Tal exercício, muito usual no tempo da Quaresma, teve origem na época das Cruzadas (do século XI ao século XIII): os fiéis que então percorriam na Terra Santa os lugares sagrados da Paixão de Cristo, quiseram reproduzir no Ocidente a peregrinação feita ao longo da Via Dolorosa em Jerusalém. O número de estações ou etapas dessa caminhada foi sendo definido paulatinamente, chegando à forma actual, de quatorze estações, no século XVI.

O Papa João Paulo II introduziu, em Roma, a mudança de certas cenas desse percurso não relatadas nos Evangelhos por outros quadros narrados pelos evangelistas. A nova configuração ainda não se tornou geral. O exercício da Via Sacra tem sido muito recomendado pelos Sumos Pontífices, pois ocasiona frutuosa meditação da Paixão do Senhor Jesus.


O chão, em madeira, tinha à frente um estrado com um degrau onde assentava o altar. O acesso à sacristia, fazia-se pelo seu lado esquerdo, próximo do altar.
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