BOAS VINDAS

Benvindos a este espaço! Esta é uma página estritamente familiar, aberta a todos aqueles, familiares ou não, que de alguma forma queiram contribuir com o que sabem e conhecem ou simplesmente tenham meras curiosidades e questões que pretendam levantar. Tudo o que diga respeito ou se relacione com a família do meu pai ou da minha mãe, será sempre objecto da minha atenção.

terça-feira, 27 de março de 2007

CASA DE SAMAIÕES - O BRASÃO (III)


"Classificação: heráldica de família.

Localização: Quinta de Samaiões

Datação: Século XIX(?)

Descrição heráldica:
- escudo: francês
- composição: aquartelado
- leitura:
I- três bandas acompanhadas de nove estrelas
de seis raios, postas 2, 3, 3, 1;
II - aspa carregada de cinco besantes;
II - cruz potenteia e vazia;
IV- seis crescentes, postos 2, 2, 2.

São as armas das famílias:
I — BARROS De vermelho, com três bandas de prata, acompanhadas de nove estrelas de seis pontas de oiro, postas 1,3,3,2.

II — ARAÚJO De prata, uma aspa de azul carregada de cinco besantes de oiro postos em aspa.

III— TEIXEIRA De azul uma cruz de oiro potenteia e vazia.

IV — HOMEM De azul com seis crescentes de ouro postos alinhados em 2 palas de 3 e 3.

Timbre: o dos BARROS aspa de vermelho carregada de cinco estrelas de ouro.

Comentário: O desenho e execução desta pedra de armas é de grande sobriedade e perfeição, sendo de destacar a ausência dos habituais paquife e virol. Nas armas dos BARROS a pedra apresenta uma disposição das estrelas que não é a considerada mais ortodoxa. Essa pequena diferença, porém, não tem qualquer importância podendo dever-se a dificuldades de execução do canteiro, em face do espaço disponível.

Identificação da família:
A família Barros, de Samaiões, é uma das mais ilustres da região flaviense estando ligada há mais de quinhentos anos aos principais acontecimentos da sua História.

Os actuais representantes desta família descendem de famílias titulares como os Viscondes de Asseca e os de Vila Nova de Cerveira, os Condes de Avintes, os de Fornos de Algodres e os de São Payo, os marqueses de Lavradio e os de Pombal.
O representante da família na primeira metade deste século era o Dr. Francisco de Barros Ferreira Cabral Teixeira Homem - meu avô, erudito arqueólogo e distinto investigador da História de Chaves.

A sua genealogia ascendente e descendente corre impressa em diversas obras de que adiante se dará notícia, algumas das quais estão acessíveis em bibliotecas e livrarias. Não importando por isso repeti-la aqui, referir-se-ão apenas alguns dados mais significativos.

A varonia actual desta família é Ferreira Cabral, da Casa de Penaventosa, em Campelo, Baião, pelo casamento em 1822 da herdeira da Casa, SrªDª Luísa Adelaide de Sousa e Barros com o Brigadeiro de Cavalaria Joaquim Ferreira Cabral Pais do Amaral, Fidalgo cavaleiro da Casa Real, cavaleiro da Ordem de Aviz e combatente distinto da Guerra Peninsular.

Dª Luísa Adelaide era filha do Tenente Coronel de Milícias de Chaves Joaquim Teixeira de barros de Araújo Lousada, Fidalgo-cavaleiro da Casa Real e senhor das Casas de Samaiões e dos Teixeira Homem em Chaves, 10º Administrador do vínculo de Nossa Senhora da Conceição do Ginzo de Curalha e 9º Administrador do vínculo dos Araújo, em Chaves e de de sua mulher Maria Bárbara Damasceno de Sonsa Yebra y Oca, filha esta de Alexandre de Sousa Pereira Coutinho, morgado de Vilar de Perdizes.

O Tenente Coronel de Milícias era filho do Marechal de Campo Francisco de Barros de Morais Araújo Teixeira Homem, Capitão Mor de Lomba, Governador da Ilha de Santa Catarina, Fidalgo-cavaleiro da Casa Real e cavaleiro professo da Ordem de Cristo a quem, em tempo oportuno, dedicarei uma parte da minha atenção.

Por esta linha descendem os Barros Teixeira Homem, de Samaiões, de todas as principais famílias flavienses dos séculos XV a XVIII, como Teixeiras, Castros, Morais,Pimentel, Pequeno, Araújo, Magalhães, Fontoura e Leite.”

J.G. Calvão Borges, In Revista , Aquae Flaviae, nº9 de Junho de 1993. Editada por Grupo CulturalAquae Flaviue

2 comentários:

Alexandre disse...

Caro Francisco

Obrigado por manter a memória da Casa de Samaiões como nós ainda a conhecemos

O seu primo Alexandre

de Vilar de Perdizes

Francisco disse...

Olá Alexandre

É um enorme prazer tão ilustre visita a tão modesto blog.
Penso que não nos conhecemos.

De facto, a Casa de Samaiões é uma eterna saudade que me deixa muitas vezes a pensar como foi possível chegar ao que se chegou mas, enfim ...

Da linda cidade de Aveiro, um abraço